Séniores
João Paulo Ribeiro assume o banco do FC Foz
João Paulo Ribeiro é o novo treinador do FC Foz. O antigo avançado, que passou por Boavista, Paços Ferreira, União Leiria, Leixões, Estoril, Aves, Famalicão, Tirsense e FC Foz, entre outros clubes, vinha desempenhando as funções de treinador adjunto de Álvaro Madureira. Agora, aceitou o desafio do presidente Eduardo Avides Moreira para liderar os fozeiros até ao final da temporada.
A aposta no antigo avançado de 40 anos visa dar continuidade ao projeto assumido no arranque da temporada, depois da saída de Álvaro Madureira para o Coimbrões, na semana passada.
Para João Paulo Ribeiro – campeão europeu sub-18 por Portugal e autor do golo solitário da final contra a Itália (1-0), em 1999 –, este é um desafio que o agora treinador do FC Foz, aceitou sem nunca ter planeado assumir o papel de treinador principal, garantindo só o fazer por se tratar de um clube que representou como jogador no final da carreira e pelo qual desenvolveu um grande carinho.
Ter jogado ao mais alto nível ajuda a assumir este desafio de treinar o FC Foz?
Nunca tinha pensado numa carreira de treinador, mas o Álvaro estava a começar a carreira de treinador nos seniores, conhecia o irmão, havia uma boa relação e formamos uma equipa técnica na qual já estávamos juntos há quatro temporadas. Obviamente que ajuda ter tido essa experiência como jogador. Estando nesta equipa técnica também. Mas não será por ter jogado futebol que se é melhor ou pior treinador, provavelmente virá ajudar, até por termos mantido a equipa técnica. É importante para fazermos um bom trabalho quando se pega num projeto destes.
Precisamente, esta mudança na liderança na equipa técnica vem alterar alguma coisa em termos daquele que era o projeto do FC Foz e que passa pela subida?
Sabemos o que queremos e o valor que temos para andar onde queremos andar, mas com um discurso diferente, pensando jogo a jogo. Tivemos um bom arranque de campeonato com três vitórias seguidas e agora três jogos menos conseguidos, por isso vamos focar-nos jogo a jogo, até porque com a pandemia e com um jogo cancelado esta semana (Padroense) não sabemos o que poderá acontecer ainda. Vem aí o Rio Tinto e a ideia é tentar voltar às vitórias, que é o que realmente importa, porque o grupo precisa e tem feito um trabalho fantástico.
O estilo de jogo vai manter-se?
É o que faz sentido, temos as mesmas ideias, mas como em tudo na vida, quando os líderes são diferentes mudam algumas coisas. Ao longo dos anos fomos mantendo a equipa, escolhendo alguns reforços para para isso. Vamos privilegiar o bom futebol, embora nunca possamos estar satisfeitos com o que temos e se procure mudar algumas coisas para melhorar e incutir algo de novo. Mas a ideia está lá e não a vamos alterar.
Que mensagem passou ao assumir este cargo de treinador principal?
No primeiro dia que entramos no FC Foz dissemos que vínhamos para valorizar o clube, os jogadores e a equipa técnica. Até à data conseguimos, o clube está num patamar em que nunca esteve, nota-se um crescimento desde há quatro anos, os jogadores valorizam-se imenso, o mister Álvaro é outra prova disso, mas disse aos jogadores que este ano ainda ninguém se tinha valorizado, porque acho que temos o dever de fazer mais e melhor. A semana passada foi atípica, pela situação em si, mas temos de mudar rapidamente. Estamos próximos daquilo que queremos, mas temos de fazer mais e melhor. O grupo está bem, feliz por esta aposta na continuidade, por isso vamos ter de nos ajudar mutuamente para continuar a evoluir cada dia.
Foi difícil manter a equipa técnica?
Sim. É verdade que com o sacrifício dos últimos anos se procura sempre outro patamar. Quando houve o convite do Coimbrões para o Álvaro Madureira, ele queria levar a equipa técnica toda, mas infelizmente, no futebol amador há coisas que não são fáceis por causa dos aspetos profissionais e nem sempre dá para conciliar. Eu tinha tomado a decisão de não ir e a partir desse momento ficamos juntos. Se calhar ficamos com mais pena de não termos continuado com o mister Álvaro. Mas a equipa técnica vai manter-se quatro elementos para já.
Pessoalmente assume este papel de treinador principal como um desafio?
É um desafio seguramente. Quando comecei como treinador no FC Foz tive dois anos como treinador/jogador e foram dois anos felizes, até porque acabamos por subir o clube. Mas só o fazia porque era o FC Foz, porque fui desenvolvendo um sentimento especial pelo clube. É um desafio, porque é novidade para mim, que aceito por ser no FC Foz e por querer ajudar, porque era algo em que não pensava até há bem pouco tempo. Se calhar daqui por algum tempo até poderei estar agradecido por ter tido esta oportunidade, quem sabe, mas sim é um excelente desafio. A partir do momento em que aceitei será para dar continuidade ao excelente trabalho que vinha sendo feito.
Também ajuda a alimentar o bichinho de quem foi profissional?
É um facto. Felizmente, não sinto necessidade do jogo em si, era mais a questão do treino e do ambiente de companheirismo, que é fabuloso. Apesar de o jogo em si ser um momento alto, isto ajuda a colmatar isso, ainda que com o passar do tempo, com uma vida diferente, as coisas desapareçam naturalmente.
No primeiro jogo ao leme da equipa sénior do FC Foz, o jogo terminou numa goleada esclarecedora frente ao SC Rio Tinto, por 5-0. O próximo jogo realiza-se no domingo, dia 22, às 10h00 frente ao Grijó, no Estádio Rei Ramiro. O jogo irá realizar-se à porta fechada e terá transmissão em direto na plataforma MyCujoo.
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